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12.ª Edição Projeto «CIÊNCIA NA ESCOLA» - Fundação Ilídio Pinho | AQUAPONIA NA ESCOLA, PRODUÇÃO DE ALIMENTOS SAUDÁVEIS DE FORMA SUSTENTÁVEL

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AQUAPONIA NA ESCOLA, PRODUÇÃO DE ALIMENTOS SAUDÁVEIS DE FORMA SUSTENTÁVEL.

Esta é a ideia com que o Agrupamento concorreu na 12.ª Edição Projeto «CIÊNCIA NA ESCOLA» - Fundação Ilídio Pinho, sob o tema “Ciência e tecnologia como resposta aos grandes desafios da Sociedade”

“Esse modelo precisa ser revisto. Precisamos de uma mudança de paradigmas”, José Graziano, diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) no Fórum de Agricultura e Mudanças Climáticas realizado em Paris no final de Fevereiro.

É Urgente repensar e ajustar a forma atual de produzir alimentos. A aquaponia faz parte dos variados estudos, pesquisas e experiências Mundiais sobre soluções para esta: "...mudança de paradigmas".

Desta forma vimos solicitar à comunidade escolar e parceiros, que se envolvam neste projeto, direta ou indiretamente.

Nesta 1ª fase é importante ler as linhas orientadoras com que concorremos a este projeto que abaixo se transcrevem:

Candidatura do Agrupamento de Escolas de Valongo do Vouga ao concurso Fundação Ilídio Pinho – 12ª EDIÇÃO PROJETO “CIÊNCIA NA ESCOLA”

Resumo - 1

 

Aquaponia na Escola, Produção de alimentos saudáveis de forma sustentável. Estufa de estudo de produção de vegetais em métodos alternativos à produção em Terra.

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Resumo - 2

Uma agricultura mais saudável aprendendo com a natureza e o que ela nos proporciona de bom.

A ideia será montar uma pequena, média estufa nos jardins da Escola onde se instalará um sistema aquaponico, um biocompostor de minhocas, um pequeno laboratório de análises da química da água, se estudará diferentes formas alternativas de produção de vegetais. Uma integração com o projeto eco escolas, fomentando o gosto pela agricultura biológica, sem pesticidas ou químicos de síntese, pela sustentabilidade e uso racional da água na produção de vegetais e animais.

O sistema de aquaponia resume-se desta forma:

Um tanque com peixes, um circuito fechado de água em circulação que fornecerá os nutrientes às plantas.

Os peixes produzem amónia ao respirarem e nos resíduos que produzem, as bactérias dos filtros vão limpar as impurezas e consumir a amónia que é o seu alimento transformando-a em nitratos naturais. As plantas consomem os nitratos e água que é o que precisam em grande parte para se desenvolverem, a água é devolvida aos peixes límpida e sem nitratos. A qualidade dos vegetais é estupenda pois logo desde pequeninas as plantas percebem que não precisam de se esforçar a desenvolver raiz para procurar alimento, o alimento é fornecido pela água que circula constantemente pelas suas raízes. Assim a planta centra toda a sua energia a crescer, muito mais resistente a doenças e a pragas visto não ter contacto com terra que muitas vezes é o veículo de propagação de pragas de insetos, fungos e outras doenças.

A outra parte interessante, são os peixes, que podem ser decorativos ou espécies comestíveis.

Há quem defenda que os jardins suspensos da babilónia eram já um destes sistemas de agricultura e que os Maias já utilizavam este sistema de agricultura.

A aquaponia está já implementada comercialmente e com resultados excelentes nos Estados Unidos, Brasil, Israel, Havai, Austrália e tantos outros, sendo atualmente uma das técnicas orgânicas de produção de vegetais em maior crescimento e em estudo por projetos da NASA. Empresas como a Panasonic, a Toshiba, a fundação Bill Gates entre outras estão a estudar e a construir sistemas de aquaponia e hidroponia a uma escala maior, há mesmo estufas a produzir no meio do deserto provando as vantagens desta técnica limpa de produção de alimentos.

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Explicação do projeto

O potencial pedagógico que os sistemas de aquaponia têm e amplamente reconhecido, já que muitos dos conceitos abordados fazem parte dos programas dos vários anos, este mini ecossistema é uma excelente ferramenta pedagógica para abordar conceitos de forma mais aprofundada, orientando e alertando os alunos para a importância da proteção da natureza, para a preocupação global de um cada vez menor impacto da produção de Alimentos na Natureza.

Faz cada vez mais sentido produzir alimentos de forma natural e biológica, resguardados dos ambientes cada vez mais contaminados com as "asneiras" da agricultura comercial nas últimas décadas. Cada vez mais a aquaponia e a produção sem terra em modo biológico faz mais sentido. Em poucos anos se perceberá facilmente porque é que esta será das mais seguras e saudáveis formas de produzir alimentos.

Mesmo que hoje fossem banidos totalmente os pesticidas e todos os produtos tóxicos que se injetam nos solos, levaria décadas para que a natureza recupere dos excessos que são feitos em função de uma cada vez maior procura de alimentos.

Uma estufa com um ecossistema aquaponico é uma mais-valia pedagógica numa escola, nela podem ser lecionadas aulas práticas das diversas disciplinas, oferecer oportunidade pratica a novos projetos, estudos e experiências de Biologia, Química, Física, Eletrónica, Informática, etc..., sem esquecer que pode ser uma mais-valia para as crianças com necessidades educativas especiais.

A aquaponia é uma forma de produzir vegetais de forma biológica, livre de pesticidas ou fertilizantes de síntese, cujo objetivo é fomentar nos alunos o gosto pela alimentação saudável, pela difusão da ideia de que a natureza é a nossa grande aliada no futuro da humanidade.

As principais vantagens deste sistema de produção de alimentos são: ser de produção biológica, o uso de cerca de 1/10 da água utilizada na agricultura convencional, reaproveitamento dos resíduos dos peixes num valioso alimento de plantas, o espaço é aproveitado ao máximo podendo ser montado em terraços ou varandas, não precisa de regar, fertiliza-se organicamente todos os dias, automaticamente, cultivo o ano inteiro, produção de alimentos vivos, frescos e seguros, ecológico, divertido, sem pesticidas ou outros produtos tóxicos garantidamente pela presença dos peixes, é pratico e limpo, consome muito pouca energia, pode mesmo ser alimentado por simples sistemas de baterias e painéis solares.

Uma estufa com estas características será sem dúvida potenciador de motivações na aprendizagem, assim como uma ferramenta pedagógica com inúmeras valências em contexto escolar.

Aliado ao projeto Eco escolas e às boas praticas existentes já na escola, nomeadamente na horta biológica, esta será mais uma valência demonstradora de potenciais soluções na produção de alimentos de forma sustentável e com um impacto significativamente menor que a tradicional agricultura.

Através deste processo, os alunos terão a oportunidade de constatar a importância do ciclo do Azoto na natureza, vendo-o acontecer ao vivo. Terão ainda a oportunidade de ver as plantas a “nu”, podendo estas ser tiradas a qualquer altura mostrando o sistema radicular e todas as partes que constituem a planta mas que normalmente estão debaixo do solo, voltando a colocar no local continuando esta o seu ciclo de crescimento. Os alunos terão ainda a oportunidade de efetuar periodicamente diversas análises bioquímicas da água, retirando conclusões da sua influência direta no crescimento das plantas e na saúde dos peixes. Utilizar também os conteúdos da Matemática nomeadamente nos cálculos das diluições de minerais e nutrientes a acrescentar em compensações de ph. A hidráulica e os conceitos da Física são também amplamente usados e demonstrados, assim como o balanceamento do ecossistema. A Biologia/Ciências Naturais são também disciplinas em que os conteúdos programáticos poderão ser demonstrados em experimentação e observação direta.

Uma atenta manutenção e colheita permitirão a aprendizagem de forma pratica e experimental das diversas disciplinas.

O gosto e respeito pela natureza, pela produção saudável de alimentos levada a cabo por um uso em contexto de aula deste sistema são motivadores tanto para os discentes como para os docentes que dela tirem partido. A tecnologia utilizada poderá ser replicada num contexto familiar, assim como noutras escolas, já que depois de implementada poderá ser uma ferramenta aberta à comunidade na difusão e formação cívica das boas práticas de sustentabilidade na produção de vegetais.

É de realçar que  a figura do Produtor de aquaponia tem sido considerada em sites e jornais de referência como uma das 20 profissões de futuro, assim como a figura do produtor urbano de vegetais.

Contamos atualmente com o apoio do fundador da Aquaponia Portugal projeto de referência nacional nesta área, é um dos docentes envolvidos neste projeto na escola, www.aquaponiaportugal.pt, assim como contamos futuramente com a eventual colaboração da C.M.Águeda, Junta de Freguesia e certamente de algumas empresas da região que nos apoiam pontualmente. Deixamos a título de exemplo uma página com um vídeo de uma escola em Nova Iorque onde este modelo já está implementado, com bastante sucesso e a ser replicado em várias escolas pelo mundo. http://www.growingagreenerworld.com/rooftop-greenhouse-school/

A nossa escola tem já implementado um aquário em sistema de aquaponia, com produção de alfaces, beterraba e aromáticas, com recurso a este mini sistema têm sido ministrados pequenos workshops ao 1º, 2º e 3º ciclo sobre a importância da natureza, sobre a simbiose entre animais e plantas, o ciclo do azoto, o ciclo da água, propriedades da água, sistema radicular das plantas, observação de protozoários em microscópio, análises químicas da água com introdução de conceitos como o ph, alimentação dos peixes e das plantas, conceitos de sustentabilidade, de respeito pela natureza. Neste momento este mini sistema é um material pedagógico presente na nossa biblioteca, à disposição de docentes e acompanhado por alunos diariamente. A nossa candidatura a este projeto tem como objetivo principal transformar uma experiência pequena e positiva, numa escala maior envolvendo toda a experiência que a escola tem vindo a adquirir no projeto eco escolas, envolvendo toda a comunidade escolar, não só da escola sede, mas como de todo o Agrupamento.

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